Começou nesta segunda-feira na Faap (Faculdade Álvares Penteado) em São Paulo, o
3º New Brand Communication 2010! E, como o ano passado, fui convidado pela organização para participar deste grande evento de comunicação! Chique, né?
O
NBC 2010 deste ano reune grandes nomes como Robert Riccardi da Goodby Silverstein & Partners, Matt Smith da The Viral Factory, David Eriksson da North Kingdom, Jeremy Heimans da Purpose, entre outros, para discutir e para compartilhar práticas inovadoras de comunicação e criação de marca.
Serão oito palestras e quatro debates nos dois dias de evento e serão abordados temas sobre Redes Sociais, Marketing Viral, Marketing Mobile e Comportamento do Novo Consumidor.
Amanhã é o último dia do
3° New Brand Communication 2010 | NBC 2010.
New Brand CommunicationData: 13 e 14 de setembro
Local: FAAP - Rua Alagoas, 903 - Higienópolis.
Horário: Das 9h às 18h
Mais informações sobre o
3° New Brand Communication ,
aquiAVISO: Atualizarei em breve este post falando sobre as palestras do
NBC 2010. [Silvio Santos mode on] Aguardemmmm!!! [Silvio Santos mode off]
[update - palestras]Jeremy HeimansTema: Grandes Comunidades e Marketing de Causa
Jemery abordou cases sobre a utilização de ferramentas sociais para juntar grandes comunidades em torno de uma causa. O papel dos movimentos é organizar as pessoas por meio da comunicação. Para construir movimentos é necessário organizar pessoas em toda a cadeia produtiva e diminuir a lacuna entre intenção e ação. Os seres humanos respondem muito mais rapidamente quando são levados pela emoção.
Algumas lições para construir um movimento:
- Para ter um movimento poderoso: mudar comportamento e práticas culturais;
- Organização do movimento, tanto on-line quanto off-line, para ampliar impacto.
- Contar uma boa história, porque histórias chatas não engajam. Conteúdos criativos causam mais impacto e trazem motivação para as pessoas agirem.
Um exemplo brazuca é o Ficha Limpa. Graças à pressão e ao grande número de mensagens aos políticos, o movimento social "forçou" seus representantes terem uma posição mais clara sobre o assunto e votar à favor do projeto.
Jeremy Faludi, Universidade de Stanford.
Tema: A marca sustentável
O palestrante ajudou a reforçar a ideia de que é necessário abordar o tema da sustentabilidade na comunicação. Principalmente porque nem sempre se comunica de forma positiva e clara os resultados alcançados e que trazem real benefício ao meio ambiente e à comunidade, criando um ruído que pode até afastar o consumidor.
Uma das dicas é informar o consumidor como, por exemplo, quanto se gastou de energia para produzir determinado produto, onde foi produzido, quanto se economizou de água, etc. Isso é transparência!
Júlia Gomez, Jet Blue Airways
Tema: As pessoas como porta-vozes da empresa
A palestra da diretora de inteligência e força de trabalho da Jet Blue Airways foi ótima. Além de simpática, falou sobre as mudanças na empresa quando abriu canais diretos com o consumidor. As sugestões são avaliadas e ditam alguns caminhos para atingir 100% da satisfação dos clientes. Para a Jet Blue, o consumidor é o centro de tudo! Não só concordo como digo que sem você, internauta criativo, o Criativo de Galochas não é nada!
Para Julia, a visão é a de que a marca conseguirá maior reputação à medida que os colaboradores se tornam embaixadores de seus valores e, naturalmente, divulgam a experiência adiante.
Veja algumas ações que motivam os funcionários:
- Criar senso de orgulho e pertencimento no time.
- Oferecer aos colaboradores um fundo destinado a crises pessoais e profissionais.
- Criando mecanismos para os colaboradores ajudarem nas causas locais.
- Promovendo eventos especiais, como a escolha do nome da aeronave
O que fica claro é que todo registro de interação positiva dentro e fora da empresa reverte, ao longo do tempo, como um valor sólido para a marca. Seis vezes eleita a marca com melhor índice de satisfação de clientes é um sinal de que estão no caminho certo.
Um dos pensamentos da Blue Jet é bem simples: se tratarmos bem nossos funcionários, eles tratarão bem nossos clientes. Perfeito!
Agora uma perguntinha: a empresa que você trabalha trata bem seus funcionários?
Rob Siefker, Zappos.com
Tema: O novo diálogo com o consumidor
A
Zappos.com é uma loja on-line que vende sapatos, tênis, bolsas e outras coisinhas mais. A política de satisfação da empresa é bem interessante e tem com único objetivo: fidelizar os clientes. Uma outra coisa à estacar é o funcionamento 24h da central de atendimento com pessoas de verdade (não é eletrônico). O atendimento está preparado para responder o que o cliente quer e não para vender alguma coisa (o que normalmente acontece na maioria das empresas de varejo).
Além disso, a empresa adota práticas como envio grátis, retorno de mercadoria de graça, 0800 no topo de todas as páginas e outras ações que motivam as pessoas a comprarem sapatos, tênis e roupas online. Outro diferencial é a atender pessoas como pessoas com respeito e bom humor. Bacana, né?
Há casos bastante emotivos, como o de um consumidor que “bateu papo” com o call center por sete horas (!) e do cliente que recebeu flores pela morte de um parente. São histórias assim que conquistam as pessoas.
David Erikson, North Kingdom Design Comummication
Tema: Inovação e liberdade criativa
David começou como professor primário e sua trajetória profissional foi toda baseada na tentativa e no erro. Ao notar que não queria ser professor, tentou a vida de programador, information designer e, por fim, um profissional de criação.
Na North Kingdom há uma "plataforma de crescimento profissional", onde é a qualidade está em primeiro lugar, seguido de liberdade e, finalmente, sustentabilidade econômica. Filosofia da agência "é preciso haver amor em cada pixel", ou seja, amor pelo detalhe.
E como eles buscam inovação? Há cinco frentes: entender a necessidade das pessoas, ensinar a criatividade, promover a paixão pelo que se faz, dar ao trabalho uma razão de ser e despender tempo, inclusive para a reflexão e a descoberta.
Receita fácil? Talvez sim. Infelizmente as pessoas tendem a complicar as coisas!
Matt Smith, The Viral Factory
Tema: Mídias Sociais e campanhas rivais
Na visão da agência, os principais KPIs de sucesso de uma campanha viral são gerar buzz e awarness a partir do conteúdo apresentado.
1) Conheça sua audiência. Se você conhece sobre o que as pessoas estão falando, melhora as chances de oferecer o conteúdo que elas querem e gostam.
2) Respeite a audiência. A marca tem que ter cuidado de não chegar com um discurso muito publicitário, que acabe destoando da linguagem nativa das redes sociais e dos ambientes digitais.
3) Pense editorialmente: o processo de criação é o mesmo de um livro e de uma música, baseado em storytelling, em que entreter a audiência vem antes de vender.
4) Torne tudo fácil, criativamente e tecnicamente falando. A melhor forma de se relacionar com grandes audiências é oferecer coisas que elas já conhecem e que lhes são familiares. Por que usar um procedimento diferente de compartilhar vídeos se as pessoas já usam a ferramenta embed do YouTube?
Matt ainda mostrou uma lista com alguns estilos de conteúdo que procuram usar na criação de um viral: humor, emocional, útil, fofo, sexy, bonito, desafiador, informativo, inspirador, inteligente e original. Receita: escolher apenas três desses estilos e trabalhar na execução.
Mesmo quando a ideia é ótima, se a execução não for cuidada (respeitando a audiência), o fracasso é evidente. Se a audiência se sentir de alguma forma incomodada com o conteúdo, ela não passará adiante aos amigos. E, pior, ainda pode se voltar contra sua empresa e falar mal sobre a marca.
Gareth Kay, Goodby Silverstein and Partners
Tema: Planejamento integrado
Gareth começou falando sobre como a propaganda pode voltar a ser relevante outra vez (já que o mundo pós-digital praticamente acabou com o marketing ‘tradicional’). A solução para recuperar a relevância da propaganda veio em dez ideias, todas com o planejamento no centro e, claro, com o mesmo objetivo: devolver a magia de volta para a propaganda
Segue as lições de Gareth:
1. Duas cabeças pensam melhor do que uma.
2. Seja mais generalista e menos especialista.
3. Combine e recombine para criar algo novo.
4. Use as pessoas como seu combustível.
5. Transforme dados em algo significativo.
6. Deixe de lado o negócio de apenas enviar mensagens.
7. Acabe com a grande ideia!
8. Trabalhe como o editor de uma revista.
9. Seja obsessivo com jogos.
10. É melhor ser interessante do que estar certo.
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Robert Riccardi, Goodby Silverstein and Partners
Tema: Agências em transformação
Riccardi foi taxativo: não há modelo de agência a ser seguido! Cada uma tem que encontrar seu próprio modelo e filosofia. E sabem por quê? Não há como adotar o modelo de sucesso de uma agência e copiar os profissionais!
As agências precisam sair da zona de conforto e arriscar, mudando junto com o mundo, que está em constante transformação.
Fontes nbc2010 e tv1Veja o que rolou no
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