(...continuação) Como toda metrópole,
São Paulo é cheia de
mistérios e lendas. A seguir,
Veja São Paulo desvenda alguns deles:
É verdade que a chuva que cai em São Paulo está cada vez mais ácida? Mentira. Em 1983, a chuva paulistana tinha pH 4. Quanto menor o valor do pH, maior a acidez da água. Na última pesquisa realizada pelo departamento de química da USP, em 2003, o pH médio registrado das chuvas foi de 5. 'É como se chovesse café ou cerveja', explica Adalgiza Fornaro, professora de climatologia da USP. A chuva ácida não acarreta males imediatos à saúde, mas pode destruir a vegetação e corroer o concreto e o ferro de construções.
É verdade que os táxis são brancos porque essa cor barateia o custo do carro? Em termos. Em 1989, a então prefeita Luiza Erundina determinou que a cor dos táxis paulistanos fosse padronizada. Até então, não existia legislação sobre o assunto. Por quase um ano houve discussões para definir a tal cor – preta e amarela eram as preferidas, mas foram abandonadas por ser características dos táxis do Rio de Janeiro e de Buenos Aires. O branco foi escolhido porque o veículo dessa cor, de fato, chega a ser até 10% mais barato para os taxistas.
É verdade que os radares fotográficos instalados nos semáforos não multam à noite? Verdade. Os cinqüenta equipamentos posicionados nos cruzamentos mais movimentados de São Paulo foram comprados pela prefeitura na década de 90 e não têm flash. Ou seja, só funcionam de dia. A Companhia de Engenharia de Tráfego, no entanto, informa que não há salvo-conduto para quem cruza os semáforos à noite. Se um marronzinho flagrar a infração, o motorista será autuado com uma multa gravíssima (191,54 reais e 7 pontos na carteira de habilitação).
É verdade que existem edifícios residenciais em Higienópolis nos quais os elevadores ficam parando em todos os andares do anoitecer da sexta ao anoitecer do sábado? Verdade. O mecanismo está instalado em elevadores de pelo menos dez prédios da região. Ele serve para que os judeus ortodoxos possam usar os elevadores sem desrespeitar o Shabat – dia considerado sagrado, que vai do pôr-do-sol de sexta ao início da noite de sábado, no qual o mínimo esforço de apertar um botão deve ser evitado. 'A tecnologia propicia essas adaptações à vida moderna, facilitando o cumprimento dos preceitos', diz Cecilia Ben David, especialista em judaísmo da Casa de Cultura de Israel. 'Em Tel-Aviv, isso já é bem comum.'
É verdade que o ar do Parque do Ibirapuera é o mais puro da cidade? Em termos. Doze estações da Cetesb medem diariamente a qualidade do ar – e trazem as classificações boa, regular, inadequada, má ou péssima. O resultado leva em conta a quantidade de monóxido de carbono (o gás tóxico que sai dos escapamentos), ozônio (poluente que pode provocar edemas pulmonares) e as chamadas partículas inaláveis (que causam alergias e asma). O título de 'ar mais puro' da capital oscila, dependendo do mês, entre as estações do Parque do Ibirapuera, Cambuci e Santana.
É verdade que se uma pessoa cair no Rio Tietê morrerá intoxicada? Em termos. O rio é fiel depositário de detritos de São Paulo e de outras 38 cidades da região metropolitana. 'Com sorte, quem cair em suas águas pode pegar somente cólera, hepatite ou leptospirose', diz o biólogo José Luiz Negrão Mucci, do departamento de saúde ambiental da USP. O risco de intoxicação é altíssimo, pois o Tietê está poluído por metais pesados e substâncias tóxicas como cianetos. 'Mas, se receber tratamento médico adequado, a vítima possivelmente sobreviverá.'
(Fim)
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